quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Ler é para Tolos

Escrevo aqui, como uma forma de apelo para que todos sigamos os espertalhões da actualidade. Sim, refiro-me aos que não leem. Certos estão eles... Ler para quê? Nós não ganhamos nada a ler, não nos divertimos, não evoluímos, não desenvolvemos, não criamos, não recriamos, e principalmente: não APRENDEMOS.

Espertos são aqueles rapazes e raparigas que ao invés de lerem um livro, vão andar de skate. e mais ainda são aqueles que sentem nojo só de olhar para livros...

Livros? Bobagem, o importante é aprender a engatar uma rapariga e não a história.



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Ao Som de: Pink Floyd - Eclipse

terça-feira, 15 de janeiro de 2008


"I look'd toward Birnam, and anon, methought, The wood began to move."

[William Shakespeare - MacBeth]

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

"eu vou me perder...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH"

"tens calma que não vai acontecer nada, vai correr tudo muito bem."

"mas... mas... mas..."

"não penses assim, se não aí é que corre tudo pro mal mesmo..."

"mas..."

"olha... tá na hora. boa sorte"


1 minuto depois

"então? como está a correr"

"bem, bem..."

7 minutos depois

"bheguei [sic], sa e salva, e sem saber!"

viu como afinal eu tinha razão?

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Uma homenagem à minha amiga blogueira

Igreja Católica Apostólica Romana, a criadora de Hitler

Igreja Católica Apostólica Romana, a criadora de Hitler


Adolf Hitler é considerado um dos mais sanguinários ditadores de toda a História mundial, e é lembrado, principalmente, por seu anti-semitismo e pela chacina a que submeteu os judeus. Problemas assim têm sempre uma origem explicada, e eu considero ter sido a Igreja Católica Apostólica Romana (à qual-, para fins de encurtamento do texto, chamarei somente “Igreja Católica”), a geradora deste problema.

Não digo que Hitler não teria existido enquanto pessoa, nem que talvez viesse a ingressar na política, mas talvez nunca viesse a ser um anti-semita e a cometer chacinas, sendo assim, é inegável a influência, ainda que numa correlação, da Igreja Católica em Hitler.

A questão é muito simples. O anti-semitismo — que era praticado por Hitler e seus seguidores, e é por todo o mundo condenado — já foi uma prática comum na História mundial, aceita por (quase) todos, e estimulada pela própria Igreja Católica durante a maior parte da sua história (tendo as relações entre Igreja Católica e judeus sido melhoradas somente durante o papado de João Paulo II, iniciado em 1978).

Alguns poderiam dizer que isto nada tem a ver com a acção de Hitler, já que este não era sequer Católico. O que seria uma falha grave, pois ainda que Hitler não fosse católico declarado, nasceu e viveu sua infância num país católico (o extinto Império Austro-Húngaro), foi criado por pais católicos e, ainda que possa ter rejeitado suas doutrinas, foi, de qualquer forma, influenciado pela Igreja.

A Igreja Católica passou séculos a criticar os judeus, e a estimular o mal trato a eles. Então quando aparece um homem querendo oficializar isto, a culpa é, por muitos, atribuída a autores como Friedrich Nietzsche, algo que é, no mínimo, ridículo, pois esses autores, como é o caso de Nietzche, não eram anti-semitas, e chegavam a repudiar tais ideologias. Se a Igreja Católica, por outro lado, não tivesse nunca sido favorável ao anti-semitismo, e de facto proibisse a prática do mesmo, muito provavelmente Hitler (e várias outras pessoas), nunca viriam a ter contacto com tais ideias/práticas e Hitler enquanto ditador, anti-semita e “chacinador” não existiria.

Poderia dizer-se, então, por exemplo, que o Socialismo não foi pregado pela Igreja, e mesmo assim aconteceram revoluções socialistas. Muito bem, faz sentido. Porém, o Socialismo (o original de Marx, e não o que foi difundido na Europa oriental no século XX) é uma forma de governo em que o egoísmo de cada pessoa é maximizado, e para atingir um estado decente de vida e agradável, ela luta pelos direitos de outrem, para que estes lutem pelos seus. Ou seja, é algo directamente benéfico a quem o pratica, enquanto, por outro lado, o anti-semitismo não passa de ódio puro e sem um fim próprio, de modo que sem um largo estímulo de uma entidade superior e controladora, dificilmente se expandiria.

Para além de tudo isto, é importante lembrar que o próprio Hitler encontrava a explicação para seu anti-semitismo (ou pelo menos a validação deste) na religião católica. E cito: “Enquanto cristão, eu não tenho o dever de ser enganado, mas tenho o dever de ser um lutador pela verdade e justiça” (referindo-se à ideia de que os judeus seriam os enganadores e que, ao matá-los, atingiria a verdade e a justiça.). Deve referir-se também a existência da Inquisição e a forma como esta influenciou Hitler.

Novamente, os que discordam poderiam dizer “Mas e a Primeira Guerra Mundial? E as guerras que sempre existiram?”. Bem, de uma certa forma na História, antes de Hitler, as guerras e matanças eram dirigidas a pessoas de certas nações, ou então, dentro de um mesmo país, a cidadãos cujos ideais fossem diferentes dos do governo (Revolução Francesa, por exemplo).

Entretanto, nas únicas vezes em que se perseguiram as pessoas pelas suas origens e/ou etnias (muçulmanos ou judeus, no caso) era a própria Igreja Católica quem coordenava essas matanças (exemplos: Cruzada, Inquisição,...).

Assim, vemos que a Igreja não só permitiu que o ódio anti-semita chegasse a Hitler (e a muitas outras pessoas), como também lhe deu ideias sobre o que fazer com ele. A Igreja que tanto nos “ensina” a amar, já ensinou também a matar e criou assim, aquele que é chamado o maior “anticristo” de sempre: Adolf Hitler.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Pascal, qual que?

Boas noites. Desculpem-me a demora para postar novamente, mas quis que o post do ano novo continuasse no topo durante uns dias (na verdade foi mais preguiça, mas falado assim fica mais gracioso).

Amigos e Companheiros de 11º E...

Quem não se lembra quando na última aula de MACS, o Stor Jasmin não conseguiu explicar direito o porque de o 11 sair mais frenquentemente que o 12 na questão das probabilidades?

Eu, com a ajuda do meu pai (que andava tão perdido quanto eu no tema), consegui desvendar o tal mistério.

Pra quem não lembra (e para os que não são da minha turma), a questão era: "Por que que é mais frequente o 11 no jogo dos 3 dados, do que o 12 se ambos tem 6 decomposições diferentes?".

A questão parecia simples uma vez que ambos números tinham 3 decomposições tendo ambas os 3 numeros distintos (tal como seria 6 + 5 + 1, por exemplo) e o 11 tinha 3 decomposições com 2 repetições e 1 diferente (3 + 3 + 5, por exemplo) e o 12 tinha 2 decomposições desse tipo, e 1 com 3 numeros iguais (4+4+4).

Logo, parecia ser "bah, é mais difícil tirar o 4+4+4, pq é dificil um numero sair 3 vezes seguidas no dado".

Mas isso, é um raciocínio incorrecto (a professora de Filosofia ficaria orgulhosa de mim agora).

no caso, a chance em que temos em tirar 4 + 4 + 4 nos dados, é a mesma que temos em tirar 4 + 4 + 3. Que seria de 1/216 (um sobre duzentos e dezesseis).

Porém, essa estátistica só é válida se a ORDEM DOS NÚMEROS, nos é relevante.

A partir do momento que a ORDEM dos números deixa de ser relevante, qualquer sequencia passa a ter a probabilidade de 1/112 (pois sequencias como 1+2+3 e 3+2+1 que estariam AMBAS inclusas na base "216", ficam excluídas com essa base).

assim, mais uma vez, se a ordem dos dados nos é indiferente, tanto nos faz se temos o 4+4+3 ou 4+3+4 ou 3+4+4. Enquanto que essa decomposição do número 11 tem 3 chances diferentes de sair no dado (o que faria com que a probabilidade de sair 4+4+3, NÃO NECESSARIAMENTE NESTA ORDEM, subisse para 3/112), a decomposição 4+4+4 é única e sem variantes, o que limitaria a probabilidade a 1/112.

Perceberam?

Espero que sim =)

"Lá no cimo duma montanha, acendemos uma fogueira"

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Ao Som de: 03 Canto moço

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Ano Novo

Venho, por meio deste blog, desejar-vos a todos um Feliz Ano novo.
Afinal, "Ano novo, vida nova", não é mesmo?
Pois a partir do dia 1 de Janeiro, as nossas vidas mudam drasticamente.
Já não comemos tanto como antes,
Já não bebemos tanto como antes,
Já não somos tão preguiçosos como antes,
Já não desistimos tão facilmente como antes,
Já não magoámos e sofremos tanto como antes.
É tão simples quanto isso.
É só dar meia noite do dia 31 (de dezembro) para o dia 1 (de... duh),
que a nossa vida muda drasticamente e nem parecemos as mesmas pessoas.
Aliás, este é o tipo de coisa que também só pode acontecer no dia 1 de Janeiro.
É que se tu querias começar uma dieta no dia 30 de Dezembro não conseguias, mas agora como já é dia 1, não precisas nem passar por um "desmame" de alimentação, pois já consegues comer só saladas.

Hipocrisia?
Penso que não. Penso que essa idéia de "Ano novo, vida nova" é-nos estimulada como uma forma de pensarmos que tudo vai melhorar. Nada mais é, que uma forma de enganar-nos de modo a contentarmos-nos com o que temos. "Ah, que miséria... mas não faz mal, ano que vem melhora tudo, simplesmente por ter mudado de ano."

Como já disse Oswaldo Montenegro, and I quote:

"A gente repete que quer mas não busca,
e de um modo abstrato se ilude que fez"

No mais, faço os pedidos de feliz ano novo para vocês, pois como diz meu pai
"para saber infringir uma regra, é preciso, antes, dominá-la"

Inspirado num texto da Ana
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Ao Som de: 01 - Roundabout